De perna cruzada senti formiguinhas andando pelas pernas, dentro das veias. Danadinhas nadando e pululando dentro do meu sangue. Olho pro meu Bamba. Comprei num lugar chamado BRICBRAC, aqui em Sabará. Modelo antigo. Acho que num fabrica mais, um achado.
Ouço o murmurinho. Caixa chamando: - Gladson Henrique!?
Tossem, chiam, alguns até miam.
Tênis dos anos 70. Ele é legal, lembra o All Star. Tão confortável quanto. Na época tinha tamém o kichut, preto com travas, que davam tombo quando novas. Esse agente usava pra jogar bola, bater pique. O outro pra ir pra escola, tamém dava pra jogar bola, vôlei, até basquete. O meu é preto, tinha branco, todo branco. De lona preta e borracha vulcanizada. Acho que isso não tem nada haver com vulcão, mas tem haver com calor pra prensar a borracha. Borracha de seringueira, não de petróleo.
Ainda na fila...
- Quantas pessoas têm nesse banco? - Tsi! - Começou que dia? - Oi, psiu, pode ir lá? - Vai ter dia que você vai ter vontade de arrancar o olho. - Pode deixar! - Melhoras, viu! Cada coisa que agente ouve se ficar prestando atenção.
- Célia Barros!?
Num é que o velho Bamba já era um produto sustentável. Feito de lona e borracha. Ilhós de alumínio. Tudo reciclável. Modelo dos anos 70 ensinava já agente a produzir artigos sustentáveis. E agente nem ligava pra esse papo.
- Há é! - Hei ta boa? - Marcando quatro e pouco. - Pensei que era três. - Fabrício da Silva!? No meu celular são 15h50min. - Faltam dez pras quatro.
- Acabou o horário de almoço! - É, mas agente tem que ter paciência! - Perde tempo, mas recupera.
– Leonardo Garcia!?
Agente queria é ter um All Star, um kichut. Agente só não queria ter uma Conga. Muito mole e chinfrim. Feito uma sapatilha. A mulherada até gostava. Hoje elas voltaram a usar a Conga, várias cores.
O tempo vai passando minha vez não chega...
Todos têm cara de impaciência. Fazer o que é uma fila de banco. Caixa Econômica Federal. O quê que esse nome quer dizer na verdade? Cofre do Lula? Pelo menos estamos sentados. Chamam:
- Raimundo Caetano.
Até o velho Bamba reciclou seu design. Parece mais hoje com o seu rival All Star. Bamba. Esse nome é um achado. Num sei de onde veio não. Vou pesquisar e escrevo aqui. Acho que tem haver com uma gíria da época. Bamba, mora?
- Ta ocupado? - Ta pra receber ou pra aceitar? - Hoje é vinte e sete.
- Paulo Henrique!? Minha vez não chega.
Ouço o murmurinho. Caixa chamando: - Gladson Henrique!?
Tossem, chiam, alguns até miam.
Tênis dos anos 70. Ele é legal, lembra o All Star. Tão confortável quanto. Na época tinha tamém o kichut, preto com travas, que davam tombo quando novas. Esse agente usava pra jogar bola, bater pique. O outro pra ir pra escola, tamém dava pra jogar bola, vôlei, até basquete. O meu é preto, tinha branco, todo branco. De lona preta e borracha vulcanizada. Acho que isso não tem nada haver com vulcão, mas tem haver com calor pra prensar a borracha. Borracha de seringueira, não de petróleo.
Ainda na fila...
- Quantas pessoas têm nesse banco? - Tsi! - Começou que dia? - Oi, psiu, pode ir lá? - Vai ter dia que você vai ter vontade de arrancar o olho. - Pode deixar! - Melhoras, viu! Cada coisa que agente ouve se ficar prestando atenção.
- Célia Barros!?
Num é que o velho Bamba já era um produto sustentável. Feito de lona e borracha. Ilhós de alumínio. Tudo reciclável. Modelo dos anos 70 ensinava já agente a produzir artigos sustentáveis. E agente nem ligava pra esse papo.
- Há é! - Hei ta boa? - Marcando quatro e pouco. - Pensei que era três. - Fabrício da Silva!? No meu celular são 15h50min. - Faltam dez pras quatro.
- Acabou o horário de almoço! - É, mas agente tem que ter paciência! - Perde tempo, mas recupera.
– Leonardo Garcia!?
Agente queria é ter um All Star, um kichut. Agente só não queria ter uma Conga. Muito mole e chinfrim. Feito uma sapatilha. A mulherada até gostava. Hoje elas voltaram a usar a Conga, várias cores.
O tempo vai passando minha vez não chega...
Todos têm cara de impaciência. Fazer o que é uma fila de banco. Caixa Econômica Federal. O quê que esse nome quer dizer na verdade? Cofre do Lula? Pelo menos estamos sentados. Chamam:
- Raimundo Caetano.
Até o velho Bamba reciclou seu design. Parece mais hoje com o seu rival All Star. Bamba. Esse nome é um achado. Num sei de onde veio não. Vou pesquisar e escrevo aqui. Acho que tem haver com uma gíria da época. Bamba, mora?
- Ta ocupado? - Ta pra receber ou pra aceitar? - Hoje é vinte e sete.
- Paulo Henrique!? Minha vez não chega.
4 comentários:
cê é doido minino...
huhuhuhummmmmmmmm... né não pollyss
Queridão,
AMEI! Obrigada por nos deixar conhecer os seus "pensamentos"...
Vejo que vc não só recupera preciosidades antigas, lembranças do passado, valoriza "achados" como o Bamba!! Me inclua na sua lista!!!!rsrsrsrs!!!
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