terça-feira, 25 de dezembro de 2007

amarelo


É o fogo que queima.
Fogo amarelo.
Duvidoso. Fogo.
Inspirado e sem
nexo. Hepático.
Mas esperançoso.
Do amarelo
busco um pouco mais.


Poema de Marcelo de Barros

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Pequenas Poesias Visuais - Partes 1 a 10

Ano passado gravei o lançamento do coletivo de artistas Peqeno Mudo com músicos, designers, ilustradores, artistas plásticos e performáticos. Esse evento aconteceu no bar Campus VI em Mogi das Cruzes, SP.

A proposta era apresentar as bandas de rock independentes locais, os artistas visuais e performáticos e experimentar a convergência entre música, artes visuais e vídeo. Foram dois dias de apresentações simultãneas.

Apartir das imagens captadas grande parte em super exposição com uma DV-CAM SONY editei spots de vídeos experimentais - Pequenas Poesias Visuais.

São 10 vídeo poemas com duração entre 26s e 1:34s.

oS PRotagGOnistas:

Bandas de Rock Independete
G.A.T, FLEGMA, NETOS DA REVOLUÇÃO, UNKNOW PROJECT, SELENITAS, MARGARITAS ANTE PORCUS, GIVE ME A BREAKE, HIEROFANTE PURPURA, RSTART.

Intervensões artísticas e performaces
Malditos Artistas Insones

Câmera, direção de imagens e edicão
Kennedy Rafael

O vídeo publicado embaixo é o 10

Um dia faremos de novo. Qem sabe?!

sábado, 15 de dezembro de 2007

Pequenas Poesias Visuais - 10

SubVerter

os imPENados

coMPondo

supercontrastes

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

domingo, 9 de dezembro de 2007

vou comer seu bjo


espera um cadim quem tem fome de mim?
bjo de flor tem gosto de nectar bjo beija flor
com gosto de nectar bjo bjo sem pressa

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

O macaco ta certo


Enquanto no Japão os chimpanzés davam uma lavada em jovens estudantes em testes de memória nos bastidores do Congresso Nacional da Republica Paz e Amor os malcaquinhos brazilis articulavam uma saída honrosa de Renan Encalheiros da presidência do Senado para então absolve-lo das macaquices, no mal sentido, que fez fora da jaula.

Se para destreza da memória superior dos chimpanzés sobre os jovens estudantes os cientistas encontraram solução dizendo que por dominarmos a fala nossa memória é prejudicada. Para o caso do macaco Renan é realmente difícil explicar. Claro, existem muitos malcaquinhos desmemoriados presos a seu rabo.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

sEgunDONA


Uma segundaFEIRA,
Uma DUas.
O segUNdo dia às vezes parece o úlTIMO.
PreguIÇA de novo.
Fim de fOLGA.
Fimdofimdesemana.
Acordei tarde ONze.
BANho e fui
ConfESSO que pude ver
Eles DOEntes
TorcEDOres como nossa torCIDA
ChoCHAram, brigaram, denunciaram.
Dia quente.
Mais preguiçamais.
vOU sair agora.
Pela primeira vez no dia.
Até terça.
O terceiro dia.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Maré Vermelha – Todas odeiam o Kennedy


Venho enfrentando uma maré vermelha na minha praia de conquistas femininas. Não sei o que ocorre, o fato é que num dou ou tiro uma a um tempão. Num vou dizer a quanto tempo porque o mico vai virar um gorila de meia tonelada. Um amigo meu o Carlão me zoa:
- Elas te odeiam!
Pergunto:
- Por que Paulão?
- Porque você não trepa com elas.
- Como se nem chego perto dessa situação!

Outro dia tava num bar, rolava uma banda SambaUrbano. Samba fino de primeira qualidade, tava conversando e bebendo cervejalatinhaartartica, de repente começa a circular duas garotas por ali. Elas vieram pediram bebida, rodaram, rodaram e se ajeitaram perto da gente. Uma morena lindinha, pequena de feições indianas, linda, uma bonequinha. A amiga era alta, também linda e bem branquinha. Com pouco tempo começou a rolar um papo entre a gente. Apareceu um amigo meu das antigas, o Skate, figurassa, surfista, tem uma banda de blues, cinquentão, separado. Engrenamos num papo sem fim eu e ele, falamos de música, surf, mulher, filhos. A morena que agora se chamava Fernanda em pé ao meu lado no balcão participava do papo. A garota tinha olhos lindos que me olhavam firmemente com ternura, candura e todos os adjetivos mais doces de uma noite bucólica. Apaixonante a o olhar da garota. Conversamos nós todos por mais de duas horas enquanto o show rolava. Eu ali já completamente apaixonado pela garota e acho que era correspondido tal era a forma que aqueles olhos me fixavam. Tudo bem então, legal, legal.
Que nada.
Surge no ar um tema: idade
- Eu tenho 17 anos. Diz a Fernanda
A casa caiu pra mim naquela hora.
Olhei pra ela e disse
- Num vai rolar!
- Putz! Num acredito nisso.
Ela
- O que você ta dizendo?
- Num vai rolar agente.
- Num podemos ficar, infelizmente.
- Por quê?
- Cara eu tenho 41
Ela espantada, mais que eu.
- Como assim 41 anos?
A amiga dela, Olga, 18 anos, ouvindo se espantou olhando pra mim e depois pra Fernanda.
- Pô que isso num parece cara!
Fernanda
- Achei que você tivesse uns 20... e poucos.
Eu indignado
- Pois é pareço bem mais novo, todo mundo diz isso. Mas a verdade é que tenho 41 mesmo e por isso num vai rolar da gente ficar infelizmente.
Ela com feição decepcionada
- Que pena.
E ai foi muita expectativa e nada de novo.
Até quando cara eu vou ficar nessa seca.
Pra piorar todos meus amigos me disseram que eu sou um besta. Devia ter ficado com a mina sim.
- Logo você Kennedy um cara liberal e descolado com esse puritanismo idiota. Que coisa mais careta. Disseram-me em outras palavras alguns camaradas que presenciaram o fato e outros pra os quais narrei esse fato.
Talvez esteja ai a explicação da minha fixação, nos ultimos meses, em produzir arte com a figura feminina.

Pra finalizar só admitindo: Todas odeiam o Kennedy!
Mas porqueeê?

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

nega




De Basquiat e Botero diversos artistas no mundo já fizeram sua versão-homenagem da mais famosa tela de Leonardo Da Vinci. Andy Warhol fez multiplas cópias nas cores fundamentais. Ela aparece usando raiban, fumando maconha, dançando, comendo um lanche no shopping, loira ciliconada e quanto mais a fértil imaginação humana permetir. Entre feliz, entediada, atemorizada e enfadada a figura, o sorriso da Madona das telas intriga a todos, artistas ou não. Com tanta celeuma morri de inveja e fiz minha versão tamém.




quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Blushalma


Olhe no espelho
E beije a sua alma
Maquiada deslumbrante
Atrás de sombras e desejos
Brilhos púrpura
Lábios glossos
Maçãs prata azulesverdeados
Blush Blush Bhush
Alma Blush

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

abstração 2


Subverter e compor os
Quadrifragmentos
Impenados e desafinados
Procurando setasdiretamenteligando-se
Compondo os círculos emum
Dos azuleamarelouro
Supercontrastes
Umser cerebral
Conexo
Distante do real
Presta atenção
Mas não concorda comigo

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

guri Invisível

¨
Sou o guri
Que se sente e ri
Com o Invisível
Jubilo fantasmal, revoluto: almìscarperfumado.
Nem mais a um canto ruminar

¨

James Joyce - Ulisses

domingo, 7 de outubro de 2007

sábado, 6 de outubro de 2007

Nelson Gonçalves - Renúncia


Hoje não existe nada mais entre nós
Somos duas almas que se devem separar
O meu coração vive chorando e minha voz
Já sofremos tanto que é melhor renunciar
A minha renuncia
Enche-me a alma e o coração de tédio
A tua renúncia
Dá-me um desgosto que não tem remédio
Amar é viver
É um doce prazer, embriagador e vulgar
Dificil no amor é saber renunciar
(orquestra)
A minha renúncia
Enche-me a alma e o coração de tédio
A tua renúncia
Dá-me um desgosto que não tem remedio
Amar é viver
É um doce prazer, embriagador e vulgar
Dificil no amor é saber renunciar

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Morango Maromba


Os morangos são
Colhidos no inverno
Mal humorado
Todos dizem
E na primavera
Ele é excêntrico
O gosto nem é tão forte
Mas o cheiro
Não mexe com ele
É bom
Com moça é doce
É assim
Com sorvete é gelado
Quieto que ta
Com chantili é fresco
Do ambicioso Vatel
Com leite a vitamina
Um trago da cor Maromba
Um beijo de puro mel

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

FantaUva


Créditos
Um ser imoral
Perdoe-me por
Ser imoral
Beber FantaUva
É a melhor forma
De entender o poder
Da bactéria que
Contamina
Assim e o sei
Ser imoral
É o meu melhor
E vivo imoral
E o diabo, assim
Comigo
Tocava canções
De anjos decaídos
E lá no festival
Eles brincavam
De gangorra
Perdoe-nos

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Macaco fala de Basquiat


O que vale é poder!
Não dizer nada
Pra onde eu vou?
Que as pessoas possam
Ouvir assim
Onde o macaco me
Levar
Eu tenho o poder
Leia o segundo
Caderno
Que me escapou
Ou que achei
Lá o macaco fala
Do céu e do inferno
Que tinha
E bem falta
Agente num vai
Entender
Esse humor
Mas Basquiat
Num entendeu tamém

sábado, 1 de setembro de 2007

Pequenas Distrações

Meu amigo Jorge do Prata ou Pessoa Jorge me apresentou esse maravilhoso conto de Gregório Basic, parceiro de Antonio Abujamra no programa "Provocações" da TV Cultura. Divirtam-se se puderem:

Gregório Bacic
A antiga mureta subiu com a rapidez com que sobem os tijolos de uma sepultura. As setas dos portões cresceram apontadas para o céu, e só não se perderam no espaço porque a laje do primeiro andar do sobrado as conteve... com determinação. Uma guarita se instalou na calçada entre as arvores moribundas na entrada dos automóveis, no chão cimentado que antes da reforma era um jardim ingênuo, de copos de leite e rosas vermelhas.
As janelas dão contra a vontade para a rua, a rua... envergando grades de puro aço que entre as frestas mal permitiria a passagem de um gato esguio.A casa antigamente singela, só não se transformou num bunker total de segurança máxima, porque permanecia vulnerável às quedas dos aviões, do jeito que as coisas iam; aos bombardeios aéreos, que mais cedo ou mais tarde o crime lançaria mão.
O patrimônio da família - o medo - estava provisoriamente a salvo; medo de ladrões, dos seqüestradores, dos estupradores, medo dos ventos, das enchentes, dos miseráveis, dos poderosos, dos fiscais, medo do terror, dos traficantes, dos negros, dos nordestinos, medo dos maloqueiros da favela, dos vendedores, dos cobradores, dos pregadores fanáticos, dos moto-boys que fumam maconha, dos ônibus lotados que despencam pela rua, medo da liberdade, medo da morte, medo da vida, medo do outro.
Apesar de já inexpugnável, a fortaleza crescia ainda mais - era preciso assegurar-se da confiabilidade dos guariteiros.Assim a família instituiu o uso doméstico do crachá, todos os novos residentes: pai, mãe, avó, tio avo, filho, duas filhas, nora e genro, deveriam portá-lo no peito, cabendo ao guariteiro liberar a entrada somente aquele que cumprisse a norma. E nisso as mulheres da casa questionaram a real eficácia do método, e protestaram contra o anúncio de que haveria crachás para os visitantes.
O que condenaria o fim ao gosto da filha mais nova de 15 anos, vista em casa como perigosamente distraída, à receber amigas da escola. Só assim pudera provar se os guariteiros eram cumpridores e responsáveis de suas tarefas - Sem crachá -ninguém entra! Nem o dono, por mais inconfundível que seja aos olhos de seus servidores.
Decidiu então pela obrigatoriedade dos guariteiros preencherem relatórios diários, enumerando horários de saída, entrada - e numa coluna de ocorrências extraordinárias, a passagem de terceiros, como carteiros, entregadores de jornais, mendigos, e outras pessoas vista com suspeita! Quem sabe não estaria ali se esboçando um crime hediondo de seqüestro!
O crescimento vertiginoso desses eventos nessas estatísticas determinavam a preferência da família por carros populares, os únicos capazes de não chamar a atenção dos criminosos a espreita. Mas como bastasse um único descuido para por tudo a perder, resolveu-se elidir os riscos providenciando a blindagem da frota familiar de Uno Mile!
Na manhã seguinte decidiu-se instalar uma câmera de vídeo voltada para os portões, evoluiu-se para um sistema completo de capitação de imagens e de sons, ocultando-se micro câmeras, microfones, nos pontos do lar considerados estratégicos.
Quando a filha mais nova, vista em casa como perigosamente distraída, esqueceu-se da vigilância eletrônica, e masturbando-se, foi surpreendida pela câmera, instalada na dispensa. Por não saber como abordar o assunto, o pai fingiu não ter visto nada! - e transferiu o fardo para a mãe. As mulheres da casa foram informadas que sua intimidade estava suspensa, não se sendo aconselhável banhar-se ou trocar de roupa sem antes reservarem horários apropriados, de curta duração, em que as gravações dos banheiros seriam interrompidas para revisão técnica!
A mãe contornou o mal estar argumentando se aquele era um preço alto a ser pago, seria ainda muito baixo, caso um dia as câmeras viessem a registrar cenas de estupros! Quanto à filha mais nova de 15 anos, vista em casa como perigosamente distraída, foi severamente admoestada pela indecência que gerou a situação... mas ganhou da cunhada como consolo um filhote de Chiuaua, a quem deu o nome de Speed Gonzales. Tanto se apegou que passaram a ser tratados na casa como casal Gonzales!
Agora o sistema de segurança era comprovadamente perfeito... mas e se algo falhasse...? Foi necessário reforçar a segurança com pit bulls amestrados, Goebbels e Goering. Com penúltima instancia, sim porque havia uma penúltima instancia, metralhadoras de cano curto, Calachini Cov, adquiridas à um contrabandista para armar a família contra terríveis conseqüências de um porre, um surto de loucura, ou até mesmo da traição do segurança nordestino de plantão! Ah... a traição do segurança nordestino de plantão! A lógica imperava mais uma vez, para enfrentar o pior inimigo, somente com a mais poderosa arma do pior inimigo.
O recebimento de pizza, duas vezes por semana, mereceu o nome de Operação Marguerita 1, claro, depois se repetindo com 2, 3, 4, consistia na distribuição dos homens da família em pontos recônditos da casa, a espreita... com suas Calachini Covs em punhos, prontas para disparar. Escondendo-se o pai atrás da janela do sótão com uma granada na mão onde poderia observá-lo em torno e contra atacar se necessário! Enquanto o mulheril se postava em alerta na sala de jantar, empunhando talheres pontiagudos, especialmente afiados para a ocasião, com que deceparia os vilões acuados, os dedos, ou as mãos, ou que mais fosse preciso...
O tio avô recebia a entrega pelo vão da jaula de portões, não sem antes obrigar o entregador a provar um naco da pizza. Para certificar-se se não trazia soporíferos, barbitúricos, ou drogas de qualquer espécie, que pudessem arrefecer as trincheiras da família.
Por que atravessar a vida arrastando esse fardo cruel, que nada contém a não ser o medo do que poderia um dia... talvez... quem sabe... por ventura vir a acontecer? Por que não baixar a guarda e cuidar sem temor para que a vida pudesse correr solta lá fora... lá fora?
A filha mais nova de 15 anos chegou a fazer essas perguntas em casa, foi vista -- é claro -- como perigosamente distraída, ingênua! Como seria possível fechar os olhos para a realidade? E a realidade é que já não se respeitam mais os valores que fizeram o mundo caminhar até aqui, sabe onde se escondem os bandidos? Nem mais se escondem. Hoje em dia são as pessoas direitas que se escondem. É preciso desconfiar de tudo e de todos, porque o tiro perdido, a bala certeira vem, não se sabe de onde, mas vem! Chamar a policia?! Nem pensar, seria o mesmo de abrir as portas de casa e expor as fragilidades do nosso reduto a pessoas suspeitas. Que depois certamente darão serviço a sabe-se lá quem...
Por distração da filha mais nova de 15 anos vista em casa como perigosamente distraída, Speed Gonzales, o filhote de chiuaua escapou para o quintal... invadiu o cercado dos pit bulls, sendo estraçalhado por Goering, em atraso a filha mais nova de 15 anos, vista em casa como perigosamente distraída, não chegou a tempo, em estado de choque, seus olhos puderam apenas acompanhar os minutos finais do minúsculo Speed Gonzales, que era devorado pelo mastodonte que relutava para não dividir o petisco com o enfurecido Goebbels.
A família cachapou-se de tal forma com o estado da filha, que decretou por 3 dias o toque de recolher. Durante o qual se deveriam extrair lições da tragédia doméstica... estampado nos olhos esbugalhados e no silêncio estarrecido da bela menina recolhida à cama. O que seria deles, se a tragédia, viesse de fora?! Pelas mãos criminosas de estranhos? Já no segundo dia porem a consternação familiar se esvaziou, dando espaço a algo irrefreável, que tomava corpo, um discreto sentimento de orgulho para com a atuação de Goering, em sua primeira situação de risco enfrentada naquela casa, diante do cãozinho invasor, não negou fogo, mostrou a que veio!!
No terceiro alvorecer, a filha mais nova, de 15 anos, vista em casa como perigosamente distraída, trajando um baby-doll cor-de-rosa transparente sobre o corpo nu e calçando pantufas, desceu plácida para o quintal, rumo ao cercado de cães. Esganiçando Goebbels e Goering lançaram-se em sobressalto contra a grade. Uma Calachini Cov ergueu-se serena e calculadamente nas mãos da menina que metralhou os cães! Com a mão esquerda brandindo a arma para o alto, o braço direito e os quadris da menina iniciaram um meneio lento, sensual, evoluindo para a fúria lasciva de uma dança inebriante, orgástica em torno dos cães mortos. Os olhos azuis extasiados descobriram a câmara posta no alto. Num golpe arrebatado, a filha mais nova, vista como perigosamente distraída, rasgou a seda cor-de-rosa frontal que a cobria e, orgulhosa e provocadora, ofereceu os peitos assoberbados para o equipamento, após o que, o metralhou. Até aquele momento, toda cena poderia ter sido assistida pelo circuito interno de TV. Mas por quem, se já não havia sobreviventes?
*Texto extraído do livro: "Peão Envenenado e Outras Provocações" de autoria de Gregório Bacic, Escrituras Editora - São Paulo, 2002.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Pizza com manjericão

Pizza com manjericão

Numa Pizzaria dos Jardins um deputado chama o garçom e faz o pedido:

- Sai ai uma calabresa?
- Num vai tê jeito não! Pode ser uma cassação?
- Essa não!
- Tem ai... uma a moda?
- Na pressão a mensalão ta na mão.
- Ta brincando cidadão? O que tem então ô cabeção?
- Eu sei lá, uma cuecão?
- Qual que é!? Tem nada com isso não!
- Lá nas comissão era sua vocação.
- Ai, ai, ai, caiu no chão!
- Deixa que eu limpo patrão.
- Perdoe foi distração?
- Sinhô num tava lá patrão?
- Ta fazendo confusão, era eu não.
- Quem era o cara então?
- Era um tal de Jefersão.
- É o herói da constituição?
- Não se fala noutro não.
- É o cara que pois o boy bravão?
- E canta altão no banheirão.
- Ô patrão vai ai uma cadeião?
- Brincadêra ô cidadão?
- E o Dirceu repilão?
- Qué saí na comissão e da palestrão.
- E o Dilúvio é pancadão?
- Parece um furacão.
- Caixa 2 né não?
- Contabiliza não.
- E o Virgílio sujou o dedão?
- Parece que ta com um dinherão.
- E o MV, o carecão?
- Queimou notas no porão,
Hábeas Corpus, apelação,
ao invés de cassação, ta cabeludão.
- Isso causa má impressão.
- Vou comê pizza com manjericão.
- Com gosto de acordão?
- É receita do Ali e seus 40 ladrão.
- Então é bão!

Gosdesumano


Identificações o podem
Opostos tudo junto
Novo ano um
Somente disposto a sentir
Gosto do desgosto do gosto
Desgosto ou de muito gosto
No caso algo bom gostoso
Se for pra eu descer ao ralo que eu desça
Adubando abundando
Um novo eu de novo
coisodeshumano

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

5º Festejo do Tambor Mineiro


Acontece nesse domingo dia 19 de agosto das 10h às 20h o maior Festejo do Tambor Mineiro.

Com 1 kg de alimento todos podem participar junto com a Guarda de Congo Feminina de Nossa Sra. do Rosário, Guarda de Moçambique do Divino Espirito Santo, Guarda de Congo de São Bento, Guarda de Caboclo de São Jorge, Guarda de Caboclo do Divino Espirito Santo, Guarda de Moçambique de N. Sra. do Rosário e São José, Guarde de Moçambique de N. Sra. das Mercês, Candombe da Serra do Cipó, Guardas de Moçambique e Congo Treze de Maio, Guarda de Moçambique do Santo André, Irmandade Os Ciriacos, Banda Dançante do Rosário de Santa Efigênia, Gilson Silveira e Pandeiro, Guarda de Caboclos do Divino Espirito Santo da Cidade de Raposos, Trovão das Minas, Tambor Mineiro, Guarda de N. Sra. Sagrado Coração de Jesus, Indios Tapaxós, Família Alcântara, Bloco Oficina Tambolelê, Xicas da Silva, Berimlata, Educação pelo Tambor, Cia Brasil Mestiço (Grupo de Jomgo), Spasso Escola P0pular de Circo, Associação Cultural Mimulus, Grupo Rosa dos Ventos.

Muita gente neh,

INfo: 3295-4149 e 3227-1187

Realização de Tizumba, Tambor Mineiro e Na Pele.

Batucada BaTU CAdA bA TuCA DA BAt uCA DA B AtU C ADa

tamBOR Mineiro
http://www.tambormineiro.com.br/home.php


CONGADO oRIgeNS E idenTIdADE
http://www.religiosidadepopular.uaivip.com.br/congadorigem.htm


sábado, 28 de julho de 2007

Os DESESpeciaLIStas

Fiquei algum tempo sem escrever aqui no blog devido a minha viagem a Ouro Preto para o Festival de Inverno. Lá participei duma oficina da qual já falei aqui que foi o Workshop de Desespecialização Artística ministrada por Chico de Paula, Renato Negrão e Makely Ka que me trouxe a possibilidade de experimentar sensações absolutamente novas e reveladoras.

Conheci pessoas incríveis, talentosas, sensíveis e bacanas como Bruno, Lili, Ana, Lucão, Jéferson, Natália, o casal Nara (Japinha) e Thiago (Frango). Gente muito boa. A oficina tinha caráter essencialmente experimental e foi assim o tempo todo. Experimentamos-nos, nos ouvimos, nos provamos, nos mordemos, nos cheiramos, nos lambemos, nos olhamos, nos tocamos profundamente em cinco dias seguidos e intensos.

A oficina teve um caráter multifacetado. Apartir do tema ESGOTO sugerido, manipulamos imagens, textos, áudios, vídeos e desenvolvemos performances e instalações. Tudo isso resultou, ao final da oficina, numa mostra conjunta onde tudo se apresentou de forma simultânea e sucessiva, um experimento multimidiático que não tinha a pretensão de trazer a novidade ou o inusitado.

O principal objetivo era o conceito da desespecialização, ou seja, procurar uma visão global das especialidades, juntá-las, misturá-las, corrompê-las, desconstruí-las. Assim como já fizeram Man Ray, Marcel Duchamp e seus seguidores entre os anos de 1915 e 20 com o Dadaísmo.

No pós-guerra da década de 1950 o termo desespecilazação era introduzido na produção industrial por Taiichi Ohno, engenheiro da divisão têxtil da Toyota com o nome de toyotismo, ou como prefere Benjamin Coriat, ohnismo em referência a Taiichi. Os princípios do método japonês baseiam-se na horizontalização da produção, na desespecialização e na polivalência da mão-de-obra operária. Um dos elementos seriam as células de produção visando a multifuncionalidade pela troca de experiências na execução do trabalho. Na década de 1980 esse método se populariza no mundo devido ao grande sucesso da indústria japonesa.

Na arte o conceito da desespecilização é amplamente exercitado hoje em dia com a criação dos coletivos de produção artística. Onde artistas plásticos, atores, músicos, designers, engenheiros, escritores, publicitários, filósofos, historiadores, antropólogos, psicólogos e tantos outros ólogos, eiros, ers, icos se juntam pra produzir trabalhos significantes em parceria.

Nesta oficina exercitamos isso e foi instigante, intrigante, alentador, prazeroso, ensurdecedor, apavorante, maluco, estimulante, reflexivo, compulsivo, eletrizante, complexo, conexo, místico, devorador, indisciplinado, corrosivo, esgotante, passional, feliz, verdadeiro, ilusório, transformador, convulsivo, inesperado, pontual, desigual, infantil, sujo, escrito, móvel, perdido, discutível, quente, frio, fedorento, assombrado, destrutivo, exclusivo, construtivo, oscuro, iluminado, emocionante.


Duas frases:

“Todas as idéias estão sujeitas ao envelhecimento. Esta é a lei do progresso.”

Domenico De Mais (Propõe a teoria do ócio criativo)

"O que conta não é a arquitetura, mas os amigos, a vida e este mundo injusto que devemos modificar".

Oscar Niemeyer


Referências:

INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
XXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Campo Grande – MS
COMUNICAÇÃO E O MUNDO DO TRABALHO E SUBJETIVIDADE
Profa. Dra. Roseli Aparecida Fígaro Paulino.
Professora da Escola de Comunicações e Artes da USP. Editora da Revista Comunicação &
Educação (ECA-USP).

Trecho de entrevista colhida no site de Mário Persona dada a Luiz Carlos Pires, jornalista e antropólogo, que coordenou a equipe formada por Sonia Grisolia, Manoel Fernandes Neto e Mario Persona. A tradução é de Cristina Fioretti.
http://www.mariopersona.com.br/domenico.html

segunda-feira, 23 de julho de 2007

lá no canto...

O mar é o esgoto do mundo.... mar... mar...Quero coisas móveis que saiam daqui... saiam daqui...Não guardo nem o que sinto... guardo.. o que sinto...A gente é o que joga fora... joga fora... gente...Se amou demais a dor é perdida... demais... perdida...Se feriu demais a sombra é movida... demais... ferida...As coisas ruins melhor jogar na mente, lá no canto... canto...mente....

terça-feira, 17 de julho de 2007

ES-GO-TU

ES-GO-TU

Assim posso jogar fora todas as palavras que pensar, não por dó nem prazer, apenas pra jogar fora. Como disse Negrão sem regras nem formas. Jogar fora é bom porque não precisa mais assim não presta eu jogo fora. Desde que vi o mar pensei pra onde vai tanta água ai descobri que pra lugar nenhum o mar é o esgoto do mundo. Pra li vai tudo que é água e tudo que é jogado fora nela. A música que o som tem também é coisa que se joga fora, pra fora da guela, das cordas, do teclado. Da vida de outras vidas se pode pensar em sons livres de conceitos extremos efeitos de se por um fim. Aos ruídos se vai com desgosto ao gosto do esgotável. Nem por isso é bom pode ser bom mas não pode ser. A coisa é uma coisa boa enquanto é boa quando não é mais agente joga ela fora porque não é mais boa; ou podia ser?sem graça a mais já era num serve mais aquele papel que me entregaram na rua falava de imóveis pra que eu quero uma coisa imóvel que ro coisas movis que se saiam daqui. Que me levem enão me deixem fora. Joguei fora na hora no primeiro lixo que vi. Que é? Num preciso guardar tudo não. Preciso? Num guardo nem o que sinto de lá as coisas que pego. Ontem joguei varias coisas fora. A primeira coisa que fiz hoje foi jogar minha bosta fora no vaso foi direto pro esgot. Ela foi, elas foram juntas e misturadas estavam meio amarelas da cerveja que também joguei fora com a mijada. Joguei fora os pacotes do meu lanche a caixa do tênis allstar falsificado que comprei a sacola que veio junto. Cuspi meu cuspe na rua e joguei fora a saliva que não precisava mais. Tanta coisa joguei fora ontem. Muita conversa tamém joguei fora. Falei com um camarada solitário como eu na noite jogada fora de ontem. Todo mundo quer se dar bem, todo mundo quer ser bom e rico. Praque? Pra poder jogar as coisas fora sem dó. Quandor agente tem muito é bem mais fácil jogar as coisas fora. Agente joga com gosto pq na frente tem mais e agente vai continuar jogando fora. O lixo de rico é poderoso. Ai ta nossa diferença. Agente é o que agente joga fora. Se bebeu demais a bosta é fedida. Se comeu demais a bosta é ardida. Se almou demais a dor é perdida. Se feriu demais a sombra é movida pras trevas, pro fim cavernoso. Fim. Do. Cu. Do. Centro. Do. Mesmos assim queremos mais mesmos que pra jogar fora. Jogar fora. Jogar fora. Fora isso é prazeroso poder guardar. Com saudades pode-se recordar. As coisas boas claro;. As coisas ruins melhor jogar na mente lá no canto. O esgoto do cérebro eu não descobri dizem que nos sonhos temos contato direto com o sub-consciente ser[á] la´ o esgoto do cérebro o sub do cérebro é o esgoto consciente. Aonde depositamos as mazelas as feiúras as imundices devassas.








Memorial Descritivo


Vídeo Instalação: Alta exposição – ruídos coloridos

Um projetor reproduz imagens e áudio de um vídeo. Um expectador interfere na projeção das imagens movendo o próprio projetor para a direção que quiser. A imagem projetada percorre toda a sala de exibição, projetando também imagens sobre as pessoas presentes à sala. Este projetor estará no centro da sala de projeção.
Numa das extremidades da sala de projeção estará instalado um retro-projetor que projeta imagens produzidas por outro expectador. Usando uma caneta piloto, água, areia, filó, redes plásticas, papéis celofane coloridos, alfinetes, pregos, macarrão de letrinhas, ele pode escrever e interferir imageticamente, sobre um vidro apoiado na superfície do retro-projetor. Esta imagem será projetada sobre uma tela de arame instalada na extremidade oposta a do retro-projetor.
Noutra extremidade da sala uma câmera de vídeo digital estará conectada a outro projetor, então manipulada por outro expectador, captando som e imagem e reproduzindo-os em caixas de som numa tela multimídia.
Um microfone plugado a um cubo de som estará disponível para outro expectador fazer intervenções com a voz (palavra falada e onomatopéias).

Conceito

Considerando o caos em que vivemos com a quantidade de informações que assimilamos no dia-a-dia. Esta instalação parte do princípio do quanto é fragmentada a interferência humana quando precisamos nos comunicar. Sujeitos a essa alta exposição de informação são reproduzidos ruídos que se sobrepõem e se entrelaçam adquirindo formas, cores, e desenhos sonoros destorcidos, formando o que se pode chamar de ruídos coloridos.

Objetivo

Buscando a direta interferência do expectador na comunicação midiática, quando na vida real só se submete passivamente. Ele é convidado a produzir e experimentar novas sensações, a partir da manipulação do som, imagens e textos, criando sobreposições com o excesso de informações emitidas simultâneamente. Pensar o suporte. O que posso fazer com isso? Como funciona? Provocar o deslocamento e instaurar o acaso, o aleatório.

Histórico

Quando estudava na Faculdade SENAC/SP, o curso de Design de Multimídia me deparei, na matéria de semiótica, com o livro “Matrizes da linguagem e Pensamento” de Lúcia Santaella que elege a tríade de linguagens: sonora, visual e verbal como as matrizes da comunicação. Iniciei uma pesquisa com base nos ruídos. Experimentando as interferências e os efeitos dos ruídos sonoros, visuais e da palavra escrita e falada na comunicação. Experimentei os ruídos da luz (texturas, filtros, freqüências, pulso e reflexo) na exposição “Lux Lix” (Ago.-Nov./2003), no bar Sarajevo (Rua Augusta) desenvolvendo eesta instalaçs expunha um monitor que darluminárias de sucata e recicláveis. Com percussão, estudo os ruídos sonoros desde jan./2004. Em vídeo, gravei duas vídeo performances fotografando em alta exposição no ano de 2005. Em 2006 gravei o vídeo proposto para esta instalação. E finalmente no mês de Jul./2007 participei de um Workshop no Festival de Inverno de Ouro Preto chamado “Desespecialização Artística”, ministrado por Chico de Paula, Makely Ka e Renato Negrão, onde experimentamos a convergência de textos, imagens, vídeo, áudio, música, instalação e performance. Chegando finalmente ao formato atual dessa vídeo instalação proposta.
As imagens do vídeo a ser exibido foram capturadas em alta exposição (1/15 e 1/8) com uma câmera de vídeo digital, no formato mini-DV. No evento chamado “peqeno mudo” foram produzidas as imagens, onde bandas de rock fora do eixo (G.A.T, Flegma, Netos da Revolução, Unknow Project, RSTART, Selenitas e Margaritas Ante Porcus) apresentavam seu show enquanto o grupo de artistas plásticos e cênicos “Malditos Artistas Insones” produziam intervenções artísticas nos espaços entre a platéia e o palco. Este evento aconteceu no mês de junho/2006 em Mogi das Cruzes, SP. As imagens capturadas em alta exposição criam um rastro que se sobrepondo umas as outras simulam um efeito de psicocinese.


Público Alvo

Homens ou mulheres, de qualquer idade, que se interessem em se expor e experimentar este universo de sensações e efeitos midiáticos.

Equipamentos

· 2 projetores de multimídia
· 1 tela de multimídia
· 1 retro-projetor
· 1 reprodutor de DVD
· 1 câmera de vídeo (mini-DV ou HDTV)
· 1 aparelho vídeo link (link câmera - projetor)
· 1 tela de arame galvanizado de malha fina
· 4 cabos extensores de aço para fixação da tela
· 1 microfone condenser sem fio
· 1 cubo de som para plugar o microfone
· Caneta piloto (azul ou preta), tabuleiro vidro, água, areia (250g), retalhos de filó, retalhos de redes plásticas, papéis celofane (verde, vermelho, amarelo e azul), 1 caixa de alfinetes, 1 caixa de pregos, macarrão de letrinhas (pacote 500g)
· 2 receivers amp - 200W RMS cada
· 4 caixas de som stéreo – 100W RMS cada.

Dimensões da sala para a Vídeo Instalação

· 8 x 5 m (mínimo) – formato retangular
· 8 X 8 m (mínimo) – formato quadrada
· Raio de 4 m (mínimo) – formato redonda

Monitores
Disponibilizar um monitor para dar suporte aos expectadores.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Desespecialização Artística

Hoje começa uma nova saga em Ouro Preto. Vou fazer um Workshop de Desespecialização Artística com os instrutores: Chico de Paula, artista e produtor audiovisual, Makely Ka, poeta e compositor, Renato Negrão, artista deslizante, poeta, performer e compositor. Vou conhecê-los hoje e conto mais amanhã.

O objetivo da oficina é entrar na contramão da ultra-especialização imposta pela lógica cartesiana do mercado incorporada pelas instituições, pelas universidades, pela indústria. A proposta é a generalização do conhecimento. A dispersão descompromissada. A instauração do acaso, do aleatório, do imprevisível como ferramentas de trabalho.

Ainda não sei bem o que vai rolar, mas que promete muitas dúvidas e experiências promete.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Dragões - O mito dos dragões chineses


Os dragões ou drago (do grego drákon, δράκωυ) são animais reais ou apenas fruto do imaginário humano que cria divindades e monstros os transformado em mitos. O certo é que a crença na existência dos dragões percorre as mais antigas civilizações pelo mundo, e em todos os seus continentes, povoam o folclore de povos tão distantes como os europeus e os chineses. Algumas culturas os idolatram outras os têm como monstros devoradores de homens.

Para a cultura asiática os dragões são mais que seres mágicos, adquirem o estatus de deuses.

Junto com o Unicórnio, a Fênix e a Tartaruga, era considerado um dos quatro primeiros animais que ajudaram na criação do mundo. O dragão não tinha rivais em sabedoria e em poder para conceder bênção.


Ele é um dos doze signos do zodíaco chinês e visto como criatura mítica, divina que trás a abundância, a prosperidade e a boa sorte.

Na china, os Long, como são chamados em mandarim os dragões por lá, existem em quatro formas, além dos Dragões Imperiais, encontramos:

. Celestiais - Tien-lung - que protege os deuses;
. Espíritos da Terra - Ti-lung - que controla os rios e a terra;
. Dragão Espiritual - Shen-lung - responsável pelas chuvas e ventos;
. Guardiões de Tesouros - Futs lung - que guarda metais e pedras preciosas.

Existem ainda quatro dragões ligados aos rios conforme a região (norte, sul, leste ou oeste).
Chien Tang, que possui sangue vermelho, uma juba de fogo e 900 pés de comprimento é o comandante dos dragões dos rios.


O dragão Yuan-shi tian-zong, teria surgido no princípio do universo e criado o céu e a terra, ocupa uma das mais altas posições hierárquicas no taoísmo. No ano novo chinês é representado por esculturas feitas de papel e fitas e sua dança traz a abundância, a prosperidade e a mensagem de boa sorte. Chineses em todo o mundo dizem com orgulho serem “Lung Tik Chuan Ren” (descendentes do dragão).


São nove as características do dragão chinês:

Cabeça que se assemelha a de um camelo, chifres de cervo, olhos de coelho, orelhas de touro, barriga de sapo, escamas e bigodes de carpa, patas de tigre com garras de águia.


Escamas

Na tradição oriental os dragões têm 117 escamas, 81 de polaridade yang e 36 de polaridade yin.

Patas

A maior parte dos dragões chineses é representada com quatro patas e às vezes dois pares de asas, contudo á outras representações de formas para os dragões.

Os dragões de cinco patas, que simbolizam o poder na china são os Dragões Imperiais. Era a representação dos Imperadores chineses, só eles poderiam utilizar túnicas com representações de dragões de cinco patas.

Cores

Os dragões do tipo Chiao têm as costas listadas em verde e branco, as laterais em amarelo e a barriga em vermelho. Outros dragões variam do verde ao dourado e alguns são azuis representando o pólo oeste, o oriente.

A pérola

Alguns dragões são representados carregando uma pérola numa das garras, junto à boca ou sob o queixo. Dependendo onde esta a pérola pode representar um elemento que lhe da força, permitindo que suba aos céus ou uma representação das águas marinhas.

Há uma alusão aos peixes-dragões que derivariam das carpas.
As carpas possuem grande habilidade de saltarem pelas corredeiras dos rios, as mais fortes e habilidosas se transformariam em dragões dos rios ou peixes-dragões.

Para indicar o sucesso de uma empresa os chineses têm um ditado que diz:
“A carpa atravessou o portal do dragão.”.

Os nove filhos do dragão

Existem segundo as lendas nove filhos de dragão, são eles:

. Haoxian - um dragão imprudente;
. Yazi - valente e belicoso (adorna bainhas de espadas e punhais);
. Chiwen - está sempre olhando para o horizonte (decora pináculos);
. Pulao - gosta de rugir (aparece em representações de sinos);
. Bixi - gosta da companhia de outros seres;
. Quiniu - que gosta de música (representado em instrumentos de corda);
. Suanmi - gosta de fumaça e fogo (representado em queimadores de incenso);
. Jiaotu - vive enrolado como um caracol (utilizado na decoração de portas).

Comida de dragão

Eles comem bambu, leite, nata, carne de andorinha e arsênico. Normalmente não devoram seres humanos. Mas cuidado! A tradição chinesa diz que após ter ingerido carne de andorinhas é arriscado andar de barco. Os dragões têm faro apurado e confundidos pelo hálito das preciosas presas eles podem engolir uma pessoa numa bocada só.

Diz a lenda que o imperador da China, Yangdi, dinastia Sui, nomeou em 611 a. C o primeiro tratador de dragões do reino, encarregado de deixar alimentos em lagoas sagradas. O cargo gozou de enorme prestígio por séculos.



O dragão chinês simboliza o poder e a valentia, o heroísmo e a perseverança. A ele é atribuído grande energia, decisão e otimismo. É considerado inteligente e ambicioso.

Ao contrário dos dragões ocidentais, a maior parte dos dragões orientais são belos, sábios e generosos. Em vez de temidos, são amados e venerados. Templos são construídos em sua honra, uma vez que eles controlam a chuva, os rios, os lagos e os mares.


olho do dragão

Muito provavelmente a permanência do dragão como mito chinês baseia-se na descoberta de restos fossilizados de grandes dinossauros. Se não tem na sua origem a descendência evolutiva, os dinossauros, no mínimo, deram-lhe corpo!

Há escritos datados do séc. III-IV, dinastia Jin do Ocidente, relatando a descoberta de “ossos de dragão” enterrados na província chinesa de Sìchuan, região rica de fósseis de dinossauros.

Na China, a associação dos dinossauros aos dragões é de tal modo profundo, que o termo atual em chinês mandarim para dinossauro, kong lóng, significa, literalmente, terrível dragão.


escultura em metal

Vamos falar das relações dos dragões com os dinossauros e a ciência numa outra oportunidade. Por enquanto podemos nos deliciar com a criatividade e imaginação das lendas chinesas em torno dos maravilhosos dragões e seus encantos.

...


Fontes:

Museu Nacional de História Natural - Universidade de Lisboa
Silva, C.M. da (2005) – Guia do/a Professor/a. Exposição “Plumas em Dinossáurios!
Afinal nem todos se extinguiram”. Museu Nacional de História Natural, Universidade de
Lisboa, 50 pp. Acessível em www.mnhn.ul.pt/geologia/plumas/gprofs.pdf e
www.http://correio.fc.ul.pt/cmsilva/Agprofes.pdf

Site Terra
http://paginas.terra.com.br/arte/conselhowyrm/drclgia.html
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI995748-EI6585,00.html

Wikipedia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dragão


Dragões - História
Por Rodrigo Wolff Apolloni
http://216.239.51.104/search?q=cache:zBM6CUTSHd0J:www.tattooshow.com.br/index2.php%3Foption%3Dcom_content%26do_pdf%3D1%26id%3D113+hist%C3%B3ria+dos+drag%C3%B5es&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=82&gl=br

sábado, 7 de julho de 2007


Passou
Dos dias tristes
Em que tudo deu certo
Não resta muito
O que pedir
Há não ser um dia
Mais feliz
Um dia em que
Um olhar basta
Um sorriso abraça
Um beijo massa
Um pneu se furou
Rasgou, estourou
Ali se trocou
E o dia acabou
Passou

sexta-feira, 6 de julho de 2007


FÓRUM DAS ÁGUAS
Neutralização das emissões de CO2 durante o Fórum das Águas

A temperatura da terra esquenta porque uma camada de gases retém o calor na atmosfera, provocando o efeito de uma estufa sobre a terra. O fenômeno é natural, o problema é o excesso desses poluentes que a ação humana tem produzido. Entre os seis gases responsáveis pelo Aquecimento Global, o dióxido de carbono – CO2 é o grande vilão, seguido do gás metano. Os oceanos e as florestas, ralos naturais dessa química, já não dão conta de limpar a casa e o resultado é que o termômetro sobe. Não há alternativa: temos que reduzir estas emissões o mais cedo possível e da maneira mais intensa.
A tarefa que a humanidade tem pela frente é gigantesca. Os cientistas que apresentam relatórios constantes à ONU, afirmam que o planeta está cada vez mais quente, trazendo graves conseqüências para todo o planeta, e que 90% deste aquecimento é de nossa responsabilidade.

A maior parte das atividades por nós realizadas todos os dias, provocam a liberação de CO2 na atmosfera. Quando realizamos um evento em que atraímos centenas de pessoas, deslocando-as de diversos lugares, estamos indiretamente provocando a liberação de grandes quantidades de Gases de Efeito Estufa – GEE, na atmosfera. Para se ter idéia do que ocorre pelos ares, basta imaginar que um litro de CO2 lançado hoje na atmosfera será meio litro daqui a 100 anos; um quarto de litro em 200 anos e continuará ali por muito tempo.

O Fórum das Águas é um evento que lançará dezenas de toneladas de CO2 na atmosfera, tornando-se fundamental que façamos nossa parte, neutralizando suas emissões e dando uma lição de consciência, comprometimento e sustentabilidade para todo o Planeta. O evento utilizando o MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), promove economia de energia, redução de resíduos (descartáveis) e a reciclagem total dos resíduos gerados.Neutralizar significa compensar na totalidade as emissões de Gases de Efeito Estufa. Esta iniciativa é parte do movimento mundial denominado “Carbono Zero”, onde todas as atividades seqüestrem suas emissões de carbono, principalmente aquelas que atraiam multidões.

Para isso, realizamos um inventário das emissões de CO2 que serão emitidas necessariamente para a realização deste Fórum. Calculamos quantas árvores serão necessárias para absorver as toneladas de CO2 que foram emitidas e neutralizamos essa emissão através do plantio de árvores nativas. Neste sentido estamos distribuindo 500 mudas de árvores da Mata Atlântica por ocasião do Fórum e plantando 100 mudas, com o auxílio da ONG Guerrilheiros da Serra do Itapeti, na Rua Francisco Rodrigues Passos na Vila Lavínia.

Comissão Organizadora do Fórum das Águas:
CIESP – UBC – OAB – Rotary Club Vila Suissa – ONG Guerrilheiros do Itapeti – Sind. Rural – Assoc. Agrícola do Itapeti – Assentamento do INCRA – Assoc. dos Eng. E Arquitetos – Assoc. Amigos do Mogilar – Instituto Barbatti – UBC Universidade Braz Cubas.

http://guerrilheirosdoitapeti.blogspot.com/

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Estamos aqui desde o começo do mundo


“Estamos aqui desde o começo do mundo. Eu e todas as minhas irmãs tivemos esse privilégio. Assistimos aos primeiros dias do planeta, e se algum dia ele desaparecer, seremos as últimas a abandoná-lo.”


Gota d’água

Alberto Goldin



Começa hoje e se estentde pelos dias 6 e 7 de Julho/2007 o Fórum das Águas em Mogi das Cruzes, SP.


Trata-se de uma oportunidade de debatermos as questões que envolvem o consumo sustentável de nossas reservas d’água.


Neste fórum o objetivo é aumentar a visão estratégica das pessoas envolvidas na defesa do meio ambiente. Interá-las sobre às questões relativas ao uso, reuso, reaproveitamento e o consumo racional desta reserva mineral que nas próximas décadas será mais valiosa que o petróleo.


Mesmo com a abundância que temos de água, sabemos que a iminente escassez de água atingirá a todos.


- Haverá plantio de mudas de árvores da Mata Atlântica com a participação de crianças, escolas, autoridades e população em geral.

- Será exibido o documentário: “Verdades Inconvenientes” com Al Gore (ex-vice-presidente dos EUA).

- Estão previstos quatro (4) painéis de debates onde autoridades no assunto discorreram sobre as questões mais relevantes:

. Contaminação da bacia hidrográfica do Paraíba do Sul.
. Contaminação do Aqüífero Taubaté que abastece Guarulhos, São José dos Campos e Jacareí.
. Debater a forma como se dispõe os resíduos sólidos (lixo) na região do Alto-Tiête.
. Apontar soluções tecnológicas compatíveis com a gestão e o consumo sustentável da água.


Inscrições:
ONG Guerrilheiros da Serra do Itapeti
Rua Tenente Manoel Alves dos Anjos, 525 - Centro
Mogi das Cruzes - SP - BrasilCEP. 08710 - 680
Tel: (11) 4727-2639Mário Berti: 8363 3264 – mario.berti2007@gmail.com



Comissão Organizadora do Fórum das ÁguasCIESP – UBC – OAB – Rotary Club Vila Suissa – ONG Guerrilheiros do Itapeti – Sind. Rural – Assoc. Agrícola do Itapeti – Assentamento do INCRA – Assoc. dos Eng. E Arquitetos – Assoc. Amigos do Mogilar – Instituto Barbatti – UBC Universidade Braz Cubas.

terça-feira, 3 de julho de 2007

77 milhões de pinturas


A Infinita arte ambiental de 77 milhões de pinturas - Quanto mais lento melhor

O múltiartista Brain Eno lançou na Long Now Fundation em San Francisco, Califórnia sua exposição multimídia com 77 milhões de pinturas. É uma proposta de coletivo de artes que pretende levar a todos os expectadores a experiência do projeto “quanto mais lento melhor”. A mostra é um trabalho conceitual de Eno chamado “generativo”. Ele carrega suas imagens e sons no computador que os toca randomicamente em um jogo infinito de permutações.


A variedade de combinações de slides cria lentamente um envolvimento, mudando constantemente as pinturas. A trilha ambiente de Eno preenchida com zumbidos, chiados e vozes distantes – tocados por um sistema surround de som.



O artista e músico discute seu trabalho. A instalação digital atrás dele contém imagens pintadas a mão e sons originais que ele criou nos últimos 20 anos.



A instalação audiovisual, 77 milhões de pinturas, foi mostrada em diversos formatos em Veneza, Tóquio e Londres. A instalação em San Francisco é a maior de todas. A tela wide digital tem 45 pés e foi fornecida pela empresa Obscura Digital de San Francisco.



Os expectadores assistiam deitados a mostra. A Long Now Fundation forneceu cadeiras de saco de feijão e pufs para que os participantes ficassem confortáveis. Alguns permaneceram por 10 minutos, outros permaneceram por horas.



A sala de controle do Yerba Buena Center para ajudar O Espaço Fórum das Artes a expor as 77 milhões de pinturas.



Este é o diretor executivo da Long Now Fundation, Alexander Rose, conversando com os presentes.

Não sei se vocês se lembram de Brian Eno da banda Roxy Music que também tocou com o U2, David Byrne do Talking Heads, e ninguém menos que o camaleônico e também David - David Bowie.

Fala sério, esse cara é um gênio né baixinho.

Report by

WIRED

http://www.wired.com/culture/art/multimedia/2007/07/gallery_77million?slide=1&slideView=3

A Infinita Arte das 77 milhões de pinturas

http://www.wired.com/culture/art/news/2007/07/eno_qa

sábado, 30 de junho de 2007

Blog 10 anos



Pois é, o fenômeno blog completa 10 anos.


Controvérsias aparte eu adoro. E num largo mais. Num é vício nem doença.


É coisa de agradar e desagradar, mas vale o quanto não pesa. Havia feito um blog no passado, mas num pegou no breu. Agora consegui achar o fio. E num largo mais. Acho uma das coisas mais legais que tem na NET. Melhor que portal daquilo, jornal on-line num sei das quantas. Só comparável a sorvete de chocolate com morango ou goiabada com queijo. Ê minerada braba sô.

Pois então, parabéns blogs e blogueiros queridos, continuem assim. Exponham-se a crítica alheia, às mazelas cotidianas, às bizarrices, crendices, mesmices e tolices. Seja esperto e faça tudo por você, mesmo que pareça nada pros outros. De bom astral ou não. Seja feliz. Escreva, publique, post tudo que quiser e puder. Deixe-se entender de tudo um pouco, afinal nós somos fodinhas, interados, especiais. Ufa! Tantos louros que fiquei mole de molêmolê. Se existe um mundo melhor eu não sei. Mas que o mundo ficou melhor com os blogs é inegável. Então vamo blogueá!

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Parei pra pensar


Li no blog “El Diário de Pola”, que encontrei por acaso, uma confissão arregaçada de culpa, diz ela entre outras:

“Me declaro culpable de postergar mi esencia, de ser espectadora de mi propia película, aburrida y deslavada, pletórica de reincidencias y palabras rebuscadas.Me declaro culpable de no seguir batallando, de retroceder y frustrarme ante la primera piedra, de mandar todo a la mierda para salir del paso y esconderme luego, dentro de las quimeras idealistas de mi progresiva mente.”

E continua:

“Por ahora, asumo los cargos que se me imputan. Cobardía, apatía, amargura, languidez, contrariedad, bajeza, orgullo, deshumanización, flojera, gula, envidia, lujuria, enajenación, desafecto, alejamiento, reclusión”


Ai devo parar pra pensar: tem culpa eu?

Me identifiquei ca Pola

Veja o blog dela né:

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Pro Dia Nascer Feliz

Antes que me esqueça e pra terminar a epopéia da 2ª Mostra de Cinema de Ouro Preto devo prestar homenagens a um grande diretor que com apenas dois longas no currículo se transforma pra mim num referêncial de documentarista brasuca. Falo de João Jardim que dirigiu junto com o não menos competente Walter Carvalho o maravilhoso Janela da Alma que traz à luz o olhar. As diversas formas de olhar. Um filme imperdível.

Contudo quero falar de outro filme que vi na segunda-feira, 18 na Mostra. Trata-se de Pro Dia Nascer Feliz. Documentário sobre os contrastes da educação no Brasil que vai além das questões educacionais e sociais. O filme descortina poeticamente o Brasil passando por Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo pra mostrar sem maquiagem a vida de brasileiros que querem saber mais.


Algumas passagens são maravilhosas como a da pequena poetisa de Pernambuco. Outras chocantantes como a cofissão de assassinato de uma menor dentro de sua escola.

Fica bem claro nesse filme os fatores que determinam o sucesso de um estudante: a base familiar, a estrutura e capacitação das escolas e o desejo do aluno de se superar.

Com fotografia bem afinada de Gustavo Hadba e ediçao desconstruida do próprio Jardim o filme nos fere fundo na carne de forma a não deixarmos de compreender que o Brasil, apesar da má educação pública, tem força pra se superar e, na outra ponta, precisa ser levado de vez a sério pelos homens de terno. A estrutura educacional brasileira esta em frangalhos. A educação esta em coma e em estado gravíssimo. Vamo acordá!

Como diz a letra da música dos Engenheiros do Hawaii:

Ouça o que eu digo
Não ouça ninguém
...
O que nos devem
Queremos em dobro
Queremos agora!