terça-feira, 5 de junho de 2007

Exmo. CARA SUJA





A semana do meio ambiente movimenta o mundo para as questões ambientais. Graças! Uma das questões importantes nesta vasta área é a destinação dos resíduos urbanos. O lixo que produzimos todos os dias em nossa casa.

Quando falamos em meio ambiente a primeira coisa que nos vem à mente são as florestas, a fauna, a flora, etc. Contudo tão importante quanto nossas florestas é a forma como lidamos com nosso lixo, fator fundamental para a preservação ambiental. Claro quando jogamos uma casca de banana no cesto de lixo plástico não pensamos pra onde ele vai.

Mas precisamos começar a pensar e agir logo. No Brasil mais de 70% do nosso lixo vai parar nos lixões. Os lixões são verdadeiras bombas relógio prestes a explodir embaixo de nossos pés. O potencial de contaminação dos lixões é devastador para o solo, rios, localidades urbanas e agrícolas próximas e para a atmosfera. Produzem chorume (um líquido preto e fétido) que contamina rios e lençóis freáticos, gás metano que aumenta os riscos com aquecimento global, além de lixo hospitalar, industrial e lixo tóxico que são todos depositados juntos sem nenhum cuidado.

Além disso, tudo existe ainda o problema dos aterros sanitários. Onde o lixo é depositado em camadas sobre mantas impermeáveis e aterrados em seguida. Este método considerado legal no Brasil, já foi extinto em países como a Alemanha, Japão, Suíça, entre outros. Fazendo uma analise mais detalhada descortina-se um arranjo entre autoridades públicas e privadas para cometer crimes ambientais autorizados por lei.

Levantando o tapete, tem muita sujeira escondida:

Aterro sanitário em Maceió (AL) gera controvérsia entre Ministérios Público Federal e Estadual



Mônica Pinto / AmbienteBrasil

Pode ser classificado como uma confusão absoluta o processo em curso na cidade de Maceió visando a implantação de um aterro sanitário para desativar o hoje chamado “Lixão de Mangabeiras”.

Há cerca de um ano, a Prefeitura de Maceió solicitou e obteve licença prévia para instalar o aterro em Cachoeira do Meirim, região desabitada nos canaviais do Grupo Carlos Lira.

A LP foi aprovada pelo Conselho Municipal de Proteção Ambiental – COMPRAM -, conforme indicação clara dos EIA-RIMA, sustentados por estudos preliminares de professores da Universidade Federal de Alagoas –UFAL. A licença estabelecia vários estudos subseqüentes na área escolhida, que não foram realizados no período de um ano.


Subitamente, a Prefeitura desistiu da área apontada pelos EIA-RIMA e pelo grupo da UFAL como mais adequada dentre outras 16 áreas. Resolveu-se a implantar o aterro sanitário em Guaxuma – bairro e praia homônimos -, no litoral norte de Maceió. A proposta causou “estupefação e inquietude” nas comunidades locais.











(Nesta praia existe a casa onde habitava nosso "saudoso" P. C. Farias)


“A nossa única certeza é que o aterro não será construído na área da Cachoeira do Meirim. E o motivo é simples, as terras pertencem à usina Cachoeira do Meirim”, disse o vereador Thomaz Beltrão (PT) à agência Alagoas 24 Horas.

Mas a substituição do local escolhido não está se mostrando fácil. A sociedade civil, mais uma vez, reagiu de maneira aguerrida. “A escolha de Guaxuma para o aterro é infeliz sob todos os pontos de vista”, dizem lideranças comunitárias do litoral norte de Maceió, na carta entregue ao prefeito de Maceió, Cícero Almeida, no dia 22 passado.

“Guaxuma é o único vetor de expansão urbana da cidade de Maceió, é região de nascentes e microbacias fundamentais para o abastecimento de água dos bairros do Litoral Norte de Maceió, é região costeira de inestimável valor paisagístico e turístico, além de não possuir área contínua com capacidade de dar vida útil prolongada a um aterro sanitário que ficaria a pouca distância de aglomerados habitacionais já existentes”, coloca o documento, batizado de “Tirar o lixão sim, mas aterro em Guaxuma não!”.

Na versão da Prefeitura, a mudança do local do empreendimento se baseou em um parecer, de esquálidas oito páginas, elaborado pelo Setor de Controle Ambiental da Companhia de Saneamento de Alagoas – Casal. A alegação foi que, se o aterro for em Cachoeira do Meirim, ficará a apenas um quilômetro do espelho d´água da barragem hoje em construção no rio Pratagy – obra a cargo da “navalha” construtora Gautama.


report by Ambiente Brasil



http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=31466

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